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A Importância do Desapego Após a Morte


Quando estamos encarnados (vivos) mantemos uma gama de ligações terrenas, são elas ligações com familiares, amigos, relacionamentos amorosos, bens materiais de distintas formas, animais e até mesmo a nossa própria rotina, estudo e trabalho. Tudo isso faz parte de nossas vidas como pessoas, mas e quando morremos? É benéfico ainda nos mantermos ligados a isso?

O espírito é acondicionado ao corpo físico para que assim possa ter uma existência física no orbe terrestre e realizar todas suas funções e missões, porém esse espírito acaba sendo “contaminado” por todos os apegos físicos e sentimentais que o rodeiam enquanto encarnado.

Muitas pessoas ao desencarnar sentem muito essa situação, isso porque o espírito quando desencarna está justamente seguindo seu destino, ou seja, está livre, está apto para continuar seu caminho, mas agora o mundo é outro, o que era praticamente material passa a ser energético, fluídico e muitas vezes não palpável. Aqueles que em vida mantinham um grande apego por objetos ou pessoas acabam entrando numa prisão auto-limitada que gera um freio enorme no seu próprio desenvolvimento.

As famosas historias que escutamos de casas e lugares mal-assombrados, ou objetos que tinham um grande valor por parte de seus donos e que depois de falecerem se tornam detentores de acontecimentos paranormais, são exemplos claros de apego material em que o espírito envolvido fica preso a tais objetos/lugares e acabam não seguindo seu verdadeiro caminho.

Além dos apegos por parte do espírito há outro ainda mais comum e com maiores conseqüências, é o apego dos que ficaram na terra para com aqueles que se foram.

Como exemplo dou uma mãe que acaba de perder um filho, ela entra numa onda de sentimentos e acontecimentos enormemente traumáticos para ambos, para ela porque perdeu o que tinha de mais valioso, e para a criança porque acaba sentindo profundamente toda a saudade e a dor que ficou com a separação, isso não deve ser confundido com saudade que é totalmente natural, mas o apego intenso de quem ficou acaba acorrentando o espírito desencarnado, principalmente se essa pessoa mantém todas os objetos e pertences de quem faleceu, muitas vezes até mesmo mantendo o quarto ou a casa do mesmo jeito que a pessoa gostava, isso faz com que seja emanada uma seqüência de vibrações negativas ao espírito, por mais que a pessoa que o faça pense que estará confortando ou sendo confortada com tal hábito, se torna um peso para ambos os lados.

A importância disso é tão grande que há inúmeras equipes espirituais que tem como objetivo justamente o controle e o corte dessa ligação, para que assim o espírito possa ser amparado e possa seguir seu caminho no plano espiritual.

Ressalvo novamente que é distinto sentir saudades de uma pessoa querida que se foi do que ter uma rotina cheia de apego por ela. A saudade é uma maneira de recordar sentimentalmente dessa pessoa, relembrando momentos da trajetória juntos, já o apego vai mais além, é uma forma de tentar manter uma pessoa que já não mais pertence ao mesmo orbe.

Isso, portanto não significa que a comunicação entre um espírito desencarnado com um ente querido seja negativa ou traga problemas, muito pelo contrario, quando o espírito esteja numa situação onde ele já tenha o controle e principalmente a aceitação de sua condição, certamente será dado uma oportunidade de comunicação, seja através da psicografia ou de outro método que melhor convenha, até mesmo sonhos são forma de contato, isso geralmente é permitido para que seja passada mensagens como forma de consolo e carinho recíproco, alimentando melhor o entendimento das situações que levaram tal desencarne e conseqüentemente uma maior paz espiritual.

Para muitos esse tema ainda parece ser um tabu, mas não devemos esquecer que uma vez desencarnado o espírito obrigatoriamente deve seguir seu caminho em busca da evolução, e quaisquer contradições a essa lei trará conseqüências negativas tanto ao espírito que se foi como também aos que ficaram na terra.

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